Juventus FC 3 – 2 FC Porto (2020/2021)



Juventus FC 3 – 2 FC Porto (2020/2021) (4-4 agg) – Liga dos Campeões
Juventus FC 3 – 2 FC Porto (2020/2021) (4-4 agg) – Liga dos Campeões
Juventus FC 3 – 2 FC Porto (2020/2021) (4-4 agg) – Liga dos Campeões

17 anos depois do épico golpe no Teatro dos Sonhos, o duplo pontapé de Sérgio Oliveira para a história. Havia uma página em branco, que a Juventus sempre achou que seria escrita pela lógica, mas a alma do dragão tirou-lhe a caneta para, em tons de azul e branco, escrever uma epopeia que teve fases de céu, outras de inferno e que acabou num paraíso chamado quartos de final. O FC Porto está nas oito melhores da Europa! O jogo teve vários capítulos, pareceu de grande controlo até ao intervalo, ameaçou ruir em pouco tempo, mas Pepe e os seus conseguiram aguentar, aguentar e aguentar até desferir o golpe certeiro numa Juventus que é dinheiro e nomes, mas de carne e osso como todos os outros. Uma vez mais, o FC Porto ergueu bem alto a bandeira de Portugal. Marche a parar, Taremi a avançar Sérgio Conceição fez como no Dragão e deu à equipa um sinal de coragem e de confiança: não era preciso um terceiro central, não era preciso abdicar de um dos homens da frente, nem era preciso reforçar a zona do meio-campo. No esquema do costume (4x4x2), com normais prudências a atacar (no fundo, Manafá ficava e só Zaidu subia), mas de forma destemida contra uma Juventus onde o individual impressiona, mas o coletivo nem por sombras.

Claro que quem tem Cristiano, Morata, Arthur ou Rabiot pode, a qualquer altura, fazer a diferença. E a primeira oportunidade teve mesmo selo de golo, só que Marchesín iniciou aí uma exibição de mão cheia e travou o cabeceamento do espanhol. Era um sinal que, aliado à grandes disponibilidade de Pepe (tem quantos anos mesmo?), demonstrou que havia segurança atrás para a discussão do apuramento. Faltava perceber se também era assim à frente. Assim foi. A saber que podia explorar algumas debilidades (na antevisão tínhamos apontado as fraquezas de Cuadrado a defender), os portistas apostaram precisamente por aí: Zaidu ganhou espaço e meteu em Taremi, que acertou na trave. A seguir, o iraniano ganhou penálti e Sérgio Oliveira materializou algo que se podia considerar superioridade. Efetivamente, era o FC Porto que estava por cima.

Claro que, de vez em quando, se viram calafrios, mas por duas vezes Marchesín voltou a crescer para levar a vantagem para o intervalo. Tudo ameaçou ruir… No regresso dos balneários, apenas 10 minutos e dois momentos inverteram as sensações sobre o jogo e a eliminatória. Chiesa aproveitou uma boa receção de Cristiano (provavelmente, não queria assistir) e conseguiu, enfim, encontrar uma brecha na super-dimensão de Marchesín.

Podia não ser mais do que um aproximar do resultado, mas logo a seguir Taremi viu o segundo amarelo e deixou a equipa com menos um. Os sinais passaram a ser de prudência máxima (saiu Otávio para entrar Sarr), o que se podia aceitar pela ténue vantagem, mas que foi a tal indicação que Sérgio não tinha dado na escolha do onze e que passou a ser dada no decorrer do desafio. E pior foi que, no minuto a seguir a essa substituição, Chiesa bisou, ele que encontrara nas costas de Manafá novo ouro. À medida que o jogo decorria, a equipa da Juventus, que nunca foi mais do que mediana, crescia no campo e houve uma permissão do FC Porto, ciente do desnível que a expulsão dava ao jogo. Tentar forçar ou segurar para ir a prolongamento? A opção foi a segunda e houve êxito. Até ao pontapé da glória Com 10 desde os 54 minutos, claro desgaste e a falta de uma arbitragem mais coerente, podia pensar-se que o FC Porto ia quebrar no prolongamento. Mais do que isso, não havia Taremi, Otávio e ainda Uribe, que saiu perto do fim do tempo regulamentar – ou seja, ir para penáltis sem alguns dos principais batedores também não dava o maior dos confortos. Portanto, havia que controlar o máximo possível e tentar uma bola de golo. Marega chegou a tê-la, mas a receção foi deficiente. Sérgio Oliveira, por outro lado, inventou-a, num livre em que tentou surpreender, num remate rasteiro: enganou a barreira e contou com a queda tardia de Szczesny para, a cinco minutos dos 120, dar um golo de ouro ao FC Porto. Podia estar fechado, não esteve porque logo depois Rabiot fez o 3×2, mas foi concretizado com muito sacrifício e suor, alguns momentos de aflição, embora muitos mais de convicção e afirmação. Enorme, enorme resultado! Fantástica página escrita em Turim! E nada é impossível…

Juventus FC 3 – 2 FC Porto (2020/2021)
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